domingo, 31 de janeiro de 2010

A dor que dói mais


Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.

Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.

Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.


Martha Medeiros

terça-feira, 19 de janeiro de 2010


"O café é tão grave, tão exclusivista, tão definitivo que não admite acompanhamento sólido. Mas eu o driblo, saboreando, junto com ele, o cheiro das torradas-na-manteiga que alguém pediu na mesa próxima."

- Mário Quintana.


P.s: Bem enfática a frase o pôster, neh?

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Feliz Ano (Novo) !


Ano Novo. Para mim, apenas mais um dia. Ou um livro com todas as página limpas, prontas para serem preenchidas. Ahhh, que engano. Como se agente realmente pudesse apagar o ano anterior e começar tudo do zero no dia 1º de Janeiro. Um novo ano é como uma viagem, na qual é necessário levar uma bagagem com suas coisas do cotidiano, com seus pesos tão comuns que são parte de seu corpo. Mas, o que faz a vida são exatamente as bagagens, os erros e acertos, orgulhos e arrependimentos. As malditas decisões vão te seguir na virada do ano, e se instalarão ao lado de seus pés durante todos os dias. Não adianta fingir que o ano seguinte será diferente e prometer 1001 mudanças de comportamento, pois você certamente irá quebrar boa parte delas no dia seguinte. Nada mudará simplesmente porque seu calendário mudo. Não há misticismo que sustente suas juras. Vivemos então de aceitar os dias e carregar cada um, com seu devido peso, em nossas costas. Não, não estou aqui para minar alegrias. Também tenho esperanças. Também carrego pedidos. Mas prefiro as surpresas. Os planos, deixamos para as coisas chatas. O que realmente desejamos, deixemos chegar sem aviso.

Oh, it's what you do to me ...


Hey Delilah,
Como está ai em New York?
Eu estou a mil milhas longe daí
Mas menina hoje você está tão bonita,
Sim você está
Time Square não consegue brilhar tanto quanto você
Eu juro que é verdade

Hey Delilah,
Não se preocupe com a distância
Eu estou lá se você se sentir sozinha
Ouça essa música mais uma vez
Feche seus olhos
Escute minha voz, é meu disfarce
Eu estou ao teu lado

Oh, veja o que você faz comigo...


Hey Delilah,
Eu sei que os tempos estão se tornando difíceis
Mas acredite em mim menina
Algum dia eu pagarei as contas com esse violão
Nós teremos isto
Nós teremos a vida que sabíamos que teríamos
Minha palavra é de confiança

Hey Dalila,
Eu ainda tenho tanto pra falar
Se cada simples música que eu escrevi pra você
Pudesse tirar seu fôlego
Eu escreveria todas elas
E ainda mais apaixonada por mim você ficaria
Nós teríamos tudo

Oh, veja o que você faz comigo...


Mil milhas parecem muito longe
Mas eles tem aviões e trens e carros
Eu andaria até você se não tivesse outro jeito
Nossos amigos iriam rir de nós
E nós vamos rir junto porque nós sabemos
Que nenhum deles nunca se sentiu assim
Dalila, eu posso te prometer
Que quando passarmos por tudo
O mundo nunca mais será o mesmo
E você é a responsável

Hey Delilah,
Seja boa e não sinta minha falta
Mais dois anos e você vai ter terminado a escola
E eu estarei fazendo história como eu faço
Você saberá que tudo é só por sua causa
Nós podemos fazer o que quisermos
Hey Dalila, aqui está pra você
Esta é pra você

Oh veja o que você faz comigo...

Plain White T's

Hey There Delilah


 
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